Quem é Carlo Ancelotti, novo técnico da seleção brasileira? Veja perfil e conquistas
Carlo Ancelotti faz história ao assumir a Seleção Brasileira e liderará o time rumo à Copa do Mundo de 2026, nos EUA, México e Canadá; conheça o técnico
A Seleção Brasileira vive um momento histórico — e quase inédito. Pela primeira vez em mais de 60 anos, a equipe será comandada por um técnico estrangeiro. E não se trata de qualquer nome, se trata do italiano Carlo Ancelotti.
Multicampeão e respeitado por jogadores e dirigentes ao redor do mundo, o técnico de 65 anos de idade será o responsável por conduzir o Brasil nas últimas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas e, sobretudo, na busca pelo sonhado hexa na Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México.
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Com contrato válido até o fim do próximo Mundial, Ancelotti carrega nas costas um currículo de respeito, repleto de conquistas nos principais centros do futebol europeu.
Ex-jogador vitorioso e treinador consagrado, o italiano chega à Seleção com a credencial de ter vencido — e convencido — em clubes como Milan, Chelsea, PSG, Bayern de Munique e, mais recentemente, o Real Madrid, onde se tornou o técnico mais vitorioso da história do clube merengue.
Ancelotti no Brasil: dos gramados italianos ao topo da Europa
Antes de empilhar taças como técnico, Carlo Ancelotti teve uma sólida carreira como jogador. Nascido em Reggiolo, no norte da Itália, estreou profissionalmente pelo Parma em 1976. Pouco depois, ganhou destaque na Roma, onde conquistou quatro Copas da Itália e uma Serie A.
Mas foi no Milan, sob o comando de Arrigo Sacchi, que Ancelotti viveu seus melhores dias como meia central. Lá, venceu duas Ligas dos Campeões (1989 e 1990), dois Scudettos e entrou para a história do clube rossonero.
Pela seleção italiana, disputou 26 partidas e integrou os elencos das Copas do Mundo de 1986 e 1990. Encerrou a carreira em 1992, já apontado como um nome promissor para a beira do campo.
Ancelotti no Brasil: carreira técnica de excelência — clube a clube
Ancelotti estreou como técnico no Reggiana, em 1995, e logo conseguiu o o à elite italiana. ou pelo Parma, onde revelou talentos como Gianluigi Buffon e Fabio Cannavaro, antes de assumir a Juventus.
Mas foi no Milan, entre 2001 e 2009, que consolidou sua fama de estrategista elegante e de trato fácil com os jogadores. Ali, conquistou duas Champions League, um Mundial de Clubes, uma Serie A e mais quatro títulos nacionais e internacionais.
Depois, acumulou conquistas nos principais campeonatos europeus:
- Chelsea (2009–2011): Campeão da Premier League e da FA Cup logo na primeira temporada, sendo o primeiro treinador dos Blues a alcançar a “dobradinha” inglesa.
- Paris Saint-Germain (2011–2013): Deu início à era dos investimentos bilionários, encerrando um jejum de 19 anos sem título da Ligue 1.
- Real Madrid (2013–2015 / 2021–2025): Venceu duas Champions League, duas La Ligas, dois Mundiais de Clubes, além de Supercopas e Copas do Rei. Em 2024, tornou-se o técnico com mais títulos na história do clube, com 15 no total.
- Bayern de Munique (2016–2017): Conquistou a Bundesliga e a Supercopa da Alemanha.
- Napoli e Everton: Apesar de agens mais curtas, manteve o estilo sereno e respeitoso que sempre lhe foi característico.
Ancelotti no Brasil: um italiano com alma brasileira
Engana-se quem pensa que Ancelotti será um corpo estranho no comando da Seleção Brasileira. Ao longo das décadas, o treinador construiu laços profundos com jogadores brasileiros, que hoje veem sua chegada como um reencontro familiar.
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No Milan, foi mentor de Kaká, com quem conquistou a Liga dos Campeões de 2007. No Real Madrid, foi peça-chave na evolução de Vinícius Júnior, Rodrygo e Éder Militão — este, inclusive, presente na histórica foto de 2022 em que Ancelotti posou com seus “brasileiros” em clima de celebração.
Richarlison chegou a dizer durante uma coletiva que se sentia “um filho” de Ancelotti, ao lembrar que o italiano o levava para os treinos no Everton. “Ele me dava carona, sempre conversava com calma. É um cara que ouve o jogador. Isso muda tudo.”
A relação próxima com os atletas brasileiros é vista como um trunfo. Ancelotti, embora europeu, entende o modo brasileiro de jogar, respeita as individualidades e sabe valorizar o talento técnico, sem abrir mão da organização tática — um equilíbrio que há tempos o Brasil procura.

Ancelotti no Brasil: desafios e expectativas rumo a 2026
Carlo Ancelotti assume a Seleção com a missão de reorganizar a equipe em meio às Eliminatórias, num momento de oscilações. O Brasil ocupa a quarta posição e precisa de regularidade para garantir a classificação com tranquilidade.
Mais do que isso, o técnico chega para reconectar a Seleção com sua torcida e devolver ao time a competitividade dos grandes palcos. Ele terá tempo, elenco e respaldo da CBF na busca pelo sexto título mundial.
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