Marinho dá razão a protestos da torcida por início de ano "muito ruim" do Fortaleza 5u5cy
Camisa 11 do Leão diz tem tricolores têm "todo direito de cobrar" diante dos tropeços da equipe, elogia elenco e Vojvoda e avalia que final do Estadual pode ser virada de chave
As cinco derrotas nos últimos oito jogos e as cobranças da torcida não devem abalar, mas mexer com os brios dos jogadores do Fortaleza. Essa é a opinião do atacante Marinho, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 21, véspera da segunda final do Campeonato Cearense, diante do Ceará, e deu razão à insatisfação dos torcedores pelo início de 2025 "muito ruim".
Na noite dessa quinta-feira, 20, alguns tricolores estenderam faixas de protestos em frente à sede do clube. A equipe deixou alguns jogos sob vaias e, nas redes sociais, as críticas ao desempenho também têm sido corriqueiras. O camisa 11 tratou como natural a pressão das arquibancadas e alertou que o Tricolor precisa reagir na temporada.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
"Acredito que aquilo que o torcedor tem ado nos últimos tempos, nesse início de temporada, está sendo meio estranho. Sobre o que vocês viram lá (na entrada da sede), as faixas, o torcedor tem todo direito de cobrar, principalmente quando não se responde em campo. A gente tem que pegar isso... 'Ah, o torcedor está xingando, isso e aquilo'. Tem todo o direito, quando vê a equipe que ama não tendo resultado, depois de ar um ano incrível em 2024, o início está sendo muito ruim", ponderou.
Leia mais 2i7272
"Quando o torcedor faz isso, ele faz indignado, pelo sentimento de não ver as coisas acontecendo para o time que ele ama, talvez o torcedor quer algo a mais do jogador e tem o direito de cobrar. Não que influencia, mas tem que valer essa forma do torcedor de xingar, tem que doer em nós. Fazer com que a gente leve para campo o torcedor que critica, que briga. Ele briga porque acredita no clube, senão ele não ia estar protestando. Ele protesta porque sabe que aqui tem um grande time, um grande elenco, e a gente precisa responder da forma que o torcedor quer", avaliou o atacante.
Elogios ao elenco e a Vojvoda 696n5g
Apesar dos tropeços nos primeiros meses do ano, inclusive contra times mais modestos, como Altos-PI e Sousa-PB, Marinho elogiou o trabalho do técnico Juan Pablo Vojvoda, avisou que o elenco precisa se dedicar mais para superar o momento de turbulência e destacou a qualidade do elenco.
"É trabalhar quietinho, fazer que esses protestos do nosso torcedor sejam algo que nos motive, que a gente leve para campo. [...] A gente trabalha muito, tem um treinador que trabalha demais, mas acredito que está faltando um pouco em nós, em campo, e a gente tem que entregar. Se a gente entrega 100, tem que ser 200. No futebol, quando as coisas não estão acontecendo, a gente precisa botar a bunda no chão e ralar um pouco mais", alertou.

"Uma coisa que eu falei é que a gente tem, de 2023 para cá, o melhor elenco, mais qualificado. Infelizmente, às vezes as coisas não vêm acontecendo, não por falta de trabalho. Se as vitórias não vêm é porque alguma coisa a gente não está fazendo correto. Se está dando 100%, falta mais. A gente tem sempre que fazer a mais, porque se os resultados não estão vindo, a gente precisa fazer sempre algo a mais", completou Marinho.
Foco na grande decisão d6x1r
Apesar dos momentos opostos dos rivais antes da grande decisão do Estadual, o camisa 11 do Leão avisa que o retrospecto não entrará em campo naquele que tratou como "jogo mais importante do ano". O atleta de 33 anos, que almeja o primeiro título do Campeonato Cearense na carreira, disse que a conquista da taça pode representar uma virada de chave no Pici.
"Estou pensando o tempo inteiro só no jogo de amanhã. O jogo de amanhã resume o tempo de tranquilidade. Todo mundo sabe que vencer clássico já é coisa grandiosa e quando você disputa um clássico valendo título, te motiva ainda mais e te dá tranquilidade na sequência também. O futebol é dinâmico. A gente pode estar ruim, mas, quando você ganha um clássico, um título, tudo começa a fluir de uma forma diferente", concluiu.