Anvisa proíbe comercialização e propaganda de gummy de tadalafila "Metbala"
Gominha à base do medicamento de tadalafila, da empresa FB Manipulação Ltda, foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) porque não tem registro no órgão regulador
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda da “Metbala” - uma gominha à base do medicamento de tadalafila, da empresa FB Manipulação Ltda. A goma também não poderá ser distribuída e manipulada porque o produto não tem qualquer tipo de regularização no órgão.
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Além de vedar o uso e comercialização do gummy de tadalafila, na última quarta-feira, 14, o órgão impediu a fabricação e a propaganda do produto, que vinha sendo divulgada por um influenciador.
Conforme a Agência, a proibição dessa versão da gominha se aplica a qualquer pessoa, física ou jurídica, ou veículos de comunicação que comercializem ou divulguem a “Metbala”.
Nesse sentido, a medida também foi adotada porque a FB Manipulação Ltda não tem autorização da Anvisa para fabricar medicamentos, de acordo com a Agência.
A tadalafila é um remédio contra a disfunção erétil e foi o quinto genérico mais vendido do Brasil em 2024, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares.
Em matéria do O POVO, publicada no dia 18 de abril, a farmacêutica e conselheira do Conselho Federal de Farmácia, Fátima Aragão, afirmou que ocrescimento do consumo de tadalafila pode estar associado à popularização de vídeos de jovens falando que usam “tadala” - como apelidam o remédio - antes do sexo e até como pré-treino.
Já uso do medicamento antes do treino, conforme a profissional, ocorre em razão da capacidade do remédio de relaxar o endotélio, a camada que reveste internamente as artérias.
Em teoria, isso promoveria um crescimento mais acelerado dos músculos porque facilitaria o fluxo sanguíneo, no entanto, o medicamento não foi desenvolvido para essa finalidade.
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A Anvisa ressalta que a tadalafila está sujeita à prescrição médica e seu consumo depende de uma avaliação sobre as condições específicas do paciente.
De acordo com a amostragem de um levantamento realizado e publicado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em 2024, 52% dos brasileiros (dos 1.500 homens entrevistados) enfrentaram dificuldades de ereção. Nesse sentido, a Agência também destaca os riscos da automedicação e do consumo de "tadala".
“Cuidado! A automedicação coloca sua vida em risco. Esses produtos não são inofensivos. Quem faz a propaganda de produtos irregulares também comete infração sanitária e está sujeito a penalidades, incluindo multas”, adverte o órgão regulador.
No Brasil, os medicamentos só podem ser comercializados por farmácias e drogarias, que precisam registrar e comprovar na Anvisa que o produto possui eficácia, segurança e qualidade.
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