Abastecimento no Ceará aponta melhora significativa, diz secretário de recursos hídricos

Abastecimento no Ceará aponta melhora significativa, diz secretário de recursos hídricos

Com 55% da capacidade total dos reservatórios preenchida, Estado vive momento de segurança hídrica. Entretanto, algumas regiões ainda enfrentam situações críticas

O Ceará vive atualmente um dos melhores momentos dos últimos anos em relação à sua capacidade hídrica. É o que afirma o secretário executivo dos Recursos Hídricos do Estado, José Aílton Brasil. Com cerca de 55% de sua capacidade total de armazenamento preenchida, o equivalente a mais de 10 bilhões de metros cúbicos de água (m³).

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Uma das principais marcas desta quadra chuvosa foi o retorno da sangria do Açude Orós, o segundo maior do Estado, ocorrido no último dia 27 de abril, exatamente 14 anos após a última vez em que isso ocorreu, em 2011.

“É um momento simbólico e histórico para o Ceará. O Orós representa muito para a população cearense. Além da sua importância técnica, é também um símbolo cultural do nosso estado”, destacou o secretário para a rádio O POVO CBN Cariri.

Na região do Cariri, os dados confirmam um cenário positivo. De acordo com o Portal Hidrológico, a Bacia do Salgado, que abrange boa parte da região, apresenta volume de 64,3%.

Dois açudes estão sangrando atualmente: o Olho D’Água, em Várzea Alegre, e o Rosário, em Lavras da Mangabeira. Outros quatro reservatórios operam com volumes superiores a 90%, como o Cachoeira (98%) em Aurora e o Açudinho (99%) no município de Cedro.

Abastecimento no CE: outras regiões estão em situação crítica

O Sertão dos Inhamuns e a região do Sertão de Crateús continuam em situação crítica. Apenas 21% da capacidade hídrica dessas áreas está preenchida, o que levanta preocupação, sobretudo em relação ao abastecimento por carros-pipa, ainda essencial em algumas localidades.

José Aílton explicou que essas diferenças regionais estão diretamente ligadas à variabilidade das chuvas no Estado. “Historicamente, o Sertão Central registra menor incidência de precipitações. Por isso, ações emergenciais, como a perfuração de poços artesianos, continuam sendo prioridade nessas áreas”, explicou.

Obras em andamento para melhorias da situação hídrica

Entre os projetos em andamento para enfrentar essa desigualdade está o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), uma das principais obras hídricas do Estado, com 81% de execução. A expectativa é que ela seja concluída até julho de 2026.

“Essa obra vai assegurar a perenização do Rio Cariús e garantir o abastecimento em várias regiões interligadas”, afirmou José Aílton.

Outro destaque é a Malha d’Água, projeto que prevê o aproveitamento e distribuição das águas do açude Banabuiú para municípios como Solonópole e Milhã. O primeiro trecho da obra deve ser inaugurado até agosto deste ano, ampliando o o à água tratada em áreas de grande escassez.

Ainda segundo o secretário, o governo estadual trabalha para reduzir a dependência dos carros-pipa com a instalação e ativação de poços perfurados, além da previsão de mais de 500 novas perfurações ao longo de 2025.

“Nosso foco são as comunidades rurais mais difusas, onde o abastecimento ainda não é contínuo”, explicou.

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