Ministério Público requer que amiga de vítima de latrocínio no Cumbuco seja investigada pelo crime

Ministério Público requer que amiga de vítima de latrocínio no Cumbuco seja investigada pelo crime

Reviravolta no caso acontece oito meses após o crime, com base no depoimento da filha da vítima. Suspeita, de acordo com o MPCE, teria contribuído para a execução

Uma manifestação do Ministério Público do Ceará (MPCE) publicada no dia 2 de abril pede para que uma amiga da turista Ruth Mary Silva de Oliveira Ribeiro, 46, vítima de latrocínio em uma pousada no Cumbuco, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), seja investigada pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) suspeita de envolvimento no crime.

O caso também é investigado pela tentativa de assassinato do namorado da vítima, o britânico Philip Donald Eric Gray, 38, que estava com a turista de Macapá no estabelecimento na hora da ocorrência.

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A reviravolta do caso acontece oito meses após o crime, registrado no dia 29 de julho do ano ado.

Conforme o MP, a partir do depoimento da filha da vítima, novos elementos relevantes e consistentes levantaram suspeitas e indicaram, de forma concreta, a possível participação da suspeita na ação criminosa que culminou no latrocínio — roubo seguido de morte.

Quatro homens foram presos suspeitos de envolvimento no caso.

O órgão concluiu que “provavelmente” a suspeita tenha contribuído de forma significativa para a execução do crime, seja fornecendo informações estratégicas, influenciando o deslocamento da vítima, manipulando a logística da viagem ou atuando em colaboração com os outros envolvidos, com pleno conhecimento dos riscos e possível adesão à prática criminosa.

Segundo o documento, a suspeita foi a última pessoa a manter contato telefônico com a vítima, exatamente cinco minutos antes do crime. A ligação, que teria por objetivo solicitar um transporte por aplicativo, foi realizada às 15h48min, sendo que, conforme certidão de óbito, Ruth Mary faleceu às 15h55min, minutos após ser alvejada durante o assalto.

Ainda conforme o documento do MP, a suspeita era a única que sabia que o casal estava com uma quantia significativa em dinheiro e a localização da pousada onde as vítimas estavam hospedadas. A suspeita teria informado em depoimento alegando o pretexto de auxiliar nas transações cambiais.

A suspeita também teria alterado a rotina habitual da viagem do casal, assumindo um papel de guia turística. Ela teria orientado que o casal não comunicassem a ninguém que estavam no Ceará, sob a justificativa de que desejava ser a única a acompanhá-los durante a estadia.

O depoimento da filha da vítima revelou que a suspeita adotou comportamentos suspeitos logo após o crime. Ela teria se recusado a fornecer informações, apagado mensagens, evitado contato com os familiares, removido todos os membros da família de suas redes sociais e desaparecido das redes.

Para o MP, a postura revela tentativa de obstrução e fuga de responsabilização. Diante dos novos elementos, o Ministério Público "requer a instauração de procedimento investigatório criminal — inquérito policial — com o objetivo de aprofundar a apuração dos fatos narrados”.

Entenda como aconteceu o crime

No dia 29 de julho, dois criminosos chegaram à pousada no Cumbuco em uma motocicleta. O ageiro da moto desceu do veículo e entrou no estabelecimento, seguindo em direção ao casal que estava na recepção. No local, foi exigida a bolsa da vítima, que reagiu e, em seguida, o criminoso efetuou os disparos contra o casal.

A turista de Macapá Ruth Mary Silva de Oliveira Ribeiro, de 46 anos, morreu após ser atingida pelos disparos de arma de fogo. O britânico Philip Donald Eric Gray, de 38 anos, também foi baleado e socorrido para uma unidade hospitalar.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, na época, que os criminosos chegaram ao local com informações sobre um casal com uma grande quantia em dinheiro.

O POVO apurou que esse valor era de cerca de R$ 30 mil. O dinheiro, no entanto, não foi levado. Após o crime, os suspeitos fugiram do local em uma motocicleta. Quatro pessoas foram presas suspeitas de participação no latrocínio.

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