Ex-secretário de Esportes e organizadores são denunciados por morte de lutador em Jericoacoara

Ex-secretário de Esportes e organizadores são denunciados por morte de lutador em Jericoacoara

Jovem de 23 morreu após ser nocauteado durante uma luta de boxe clandestina em outubro de 2023; Ministério Público aponta que evento não tinha supervisão e falta de equipamentos de proteção para os participantes

O ex-secretário de Esportes de Jericoacoara e dois organizadores de evento clandestino de ‘UFC’ — Ultimate Fighting Championship — foram denunciados por homicídio culposo nessa terça-feira, 15, pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pela morte do lutador João Victor Penha, de 23 anos.

O jovem morreu após ser nocauteado durante uma luta de boxe em outubro de 2023 em Jericoacoara, a 282,91 quilômetros de Fortaleza. Na época, o lutador chegou a ser socorrido e internado na Santa Casa de Sobral, mas morreu em virtude de um traumatismo.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Conforme a denúncia, apresentada pela promotora de Justiça Laura Uchôa, o caso aponta negligência por parte dos organizadores Pedro Henrique Rodrigues do Nascimento e Natanael William de Queiroz Sousa.

Eles não teriam seguido os critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional do Boxe (CNB) e outras entidades oficiais, "criando um risco fatal para os esportistas".

Entre as irregularidades apontadas na denúncia do MP estão:

  • Ausência de supervisão qualificada (árbitro sem registro);
  • Falta de equipamentos de proteção (protetores bucais, de cabeça e de ringue);
  • Uso de força excessiva (não havia distinção de categoria entre os lutadores)
  • Ausência de exames médicos obrigatórios para os participantes.

Ainda segundo o MP, o ex-secretário municipal de Esportes de Jijoca de Jericoacoara, Márcio Marcelo Santos, foi denunciado por omissão ao autorizar o evento sem garantia do cumprimento das normas técnicas específicas.

A Promotoria de Justiça afirmou que o gestor agiu de forma negligente ao chancelar o evento como vinculado à Prefeitura. “A materialidade dos crimes foi comprovada com base em vídeos do evento publicados nas redes sociais, depoimentos, laudos periciais e regras técnicas internacionais”, disse o órgão.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a istrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar