Gerdau tem lucro ajustado de R$ 758 mi no 1º tri; queda anual de 39%

Gerdau tem lucro ajustado de R$ 758 mi no 1º tri; queda anual de 39%

Segundo a companhia, a demanda dos Estados Unidos aumentou com parceiros ampliando seus estoques antes das taxas impostas por Donald Trump vigorarem

Maior siderúrgica do Brasil, a Gerdau (GGBR4), que possui fábricas em Maracanaú e Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, divulgou o seu balanço do 1º trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 758 milhões. O valor representa queda de 39% em relação ao igual período do ano ado.

O resultado operacional da Gerdau (Ebitda ajustado - lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,4 bilhões, queda de quase 15% na comparação anual.

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O resultado da companhia pode ser explicado, em parte, pelas mudanças na política comercial de aço dos Estados Unidos, que compensou uma perspectiva de resultado mais fraco para o período.

Segundo a companhia, que é dona de usinas no Brasil e em outros países das Américas, a demanda dos Estados Unidos aumentou com parceiros ampliando seus estoques antes das taxas impostas pelo presidente do país, Donald Trump, vigorarem.

No Brasil, por outro lado, a demanda caiu, o que impactou a receita líquida, com variação negativa de 3,5%, enquanto nos Estados Unidos houve alta de 16%.

No total, a receita líquida atingiu R$ 17,38 bilhões no trimestre entre janeiro e março, alta de 7,2% em relação ao igual período do ano ado.

Segundo a companhia, o principal problema enfrentado, em âmbito nacional, foi a crescente entrada de aço de outros países.

“Ao longo do primeiro trimestre de 2025, registramos um crescimento nos volumes entregues na América do Norte, acompanhado pela retomada do backlog de pedidos para 70 dias, acima do nível histórico. Enquanto isso, o mercado brasileiro seguiu impactado pelas importações de aços longos e planos, que cresceram 30% no período”, afirma Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.

“Ressalto que a Gerdau, com os seus 124 anos de história, está preparada para se adaptar a cenários macroeconômicos voláteis, como o que temos enfrentado no mercado global, assegurando a geração de valor para os nossos públicos de interesse”, completa.

Para 2025, a companhia deve continuar focada nos investimentos. Somente no primeiro trimestre do ano foram aportados R$ 1,4 bilhão na sua estrutura, sendo 40% em manutenção e 60% em projetos de expansão e atualização tecnológica.

O plano de investimentos da companhia para este ano está estimada em R$ 6 bilhões.

Recompra de ações

Outro foco de investimentos da Gerdau está na recompra de ações, o que, segundo o CFO da Gerdau, Rafael Japur, tem o objetivo de "maximizar o valor para os acionistas e otimizar a estrutura de capital".

Assim, a Gerdau S.A. e a Metalúrgica Gerdau S.A. pagarão dividendos nos dias 19 e 20 de maio, respectivamente. Na primeira, será pago o valor de R$ 0,12 por ação (equivalente a R$ 243,5 milhões), enquanto na segunda será pago o valor de R$ 0,08 por ação (equivalente a R$ 79,1 milhões), em ambos os casos sobre a posição de ações detidas em 8 de maio de 2025.

Até 11 de abril deste ano, dentro do programa de recompra de ações de 2025, na Gerdau S.A. foram adquiridas 28,5 milhões de ações ordinárias e preferenciais, representando aproximadamente 44% das recompras previstas no programa. Já na Metalúrgica Gerdau S.A., o programa foi concluído com a recompra de todas as 6 milhões de ações preferenciais previstas.

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