Ceará descarta gripe aviária em Salitre, no Cariri, com laudo negativo

Ceará descarta gripe aviária em Salitre, no Cariri, com laudo negativo

O resultado foi confirmado às 12h27min desta quarta-feira, 21 de maio, pela Casa Civil do Governo do Estado

O resultado de uma suspeita de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, H5N1) no Ceará deu negativo nesta quarta-feira, 21 de maio, conforme a Casa Civil do Governo do Estado confirmou ao O POVO às 12h27min.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) investigava um caso no município de Salitre, na região do Cariri, a 572,70 km de Fortaleza. Com isso, o Estado é considerado livre da doença.

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As amostras foram coletadas e encaminhadas para análise laboratorial em São Paulo e o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), Elmo Aguiar, acompanhava o caso. 

Ele chegou a conceder entrevista ao âncora da rádio O POVO CBN Cariri, Luciano Cesário, ontem, terça-feira, 20 de maio.

O resultado negativo diz respeito à coleta feita em uma criação de fundo de quintal no município de Salitre. Foram coletadas amostras de sangue, swab de traqueia e cloaca como parte da vigilância ativa para identificar possíveis infecções pelo vírus da Influenza Aviária.

“Os cearenses podem se tranquilizar, pois o Estado continua livre da Influenza Aviária. Lembramos que a Agência já realizou mais de 20 atendimentos em aves silvestres e de criações de subsistência com essa mesma suspeita. Em todas elas realizamos coleta e encaminhamos ao laboratório oficial do Ministério e, em todas, as amostras foram negativas”, acrescentou, em nota, Elmo Aguiar.

Antes deste laudo negativo para o Cariri, o Estado já tinha realizado 22 atendimentos, em que 13 houve suspeitas, por apresentarem sintomas da gripe, mas em todos o resultado deu negativo.

Até então, aguardavam a amostra de Salitre, que era em uma criação de galinhas, um rebanho pequeno, de cerca de 40 animais.

“Na realidade, dois animais que ficaram nessa situação, com características que podiam ser o caso da gripe aviária”, detalhou.

O galinheiro ficou monitorado em uma espécie de quarentena desde a suspeita, na quinta-feira, 15, da semana ada. 

Elmo relatou que geralmente as respostas do Mapa são dadas com rapidez, mas ele disse que como teve muito pedido de verificação no Brasil, o prazo se estendeu. 

Dentre as medidas para evitar a doença, o presidente da Adagri destacou a importância do Ceará, que tem cadastro de criadores de galinha e até de bovino. “Nós temos que ter vigilância, é o que a gente faz.”

Em relação ao aparato, disse que hoje são 40 escritórios no interior do Ceará, com 14 regionais, além do apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e das Prefeituras municipais, nas Secretarias da Agricultura.

“Qualquer informação, qualquer cidadão que tenha qualquer uma dúvida, ele pode se deslocar a uma Secretaria da Agricultura, à Emater ou ao escritório da Adagri, ou no site da Adagri e se comunicar, que a gente imediatamente toma providência e vai em qualquer recanto desse Estado para fazer a coleta”, reforçou Elmo.

Ele declarou que mantém contato frequente com a Associação dos Avicultores no Estado do Ceará (Aveac), por meio do presidente da entidade, João Jorge Reis. 

Para reforçar, a Adagri também enviou nota ao O POVO explicando que tem intensificado as ações de vigilância em granjas comerciais e criações de aves de subsistência, especialmente após o registro do primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Montenegro, em uma granja de reprodução (matrizeira), no último dia 15.

O Mapa, por meio da publicação da Portaria nº 795/2025, declarou o município em estado de emergência sanitária.

"A Agência reforça a importância dos criadores adotarem medidas rigorosas para evitar a entrada da doença em suas propriedades. As medidas incluem: aquisição de aves somente de locais registrados na Adagri, garantir que o transporte de animais seja acompanhado da Guia de Trânsito Animal (GTA) e adoção de práticas rigorosas de biosseguridade nas granjas."

Outro ponto que o órgão destaca é que a Influenza Aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos. "O risco de transmissão para seres humanos é considerado baixo e até mesmos para pessoas que têm contato direto e intenso com aves doentes."

O Ceará e a febre aftosa

Outra questão levantada por Elmo é a febre aftosa. Ele destacou que o Ceará é reconhecidamente livre da doença e livre da vacinação. “Depois de 30 anos de muita luta”, acrescentou.

Gripe aviária: exportações de carne de frango do Brasil estão suspensas para 21 destinos

Filipinas e Jordânia também suspenderam as importações de carne de aves de todo o Brasil, informou o Ministério da Agricultura em nota divulgada nesta quarta-feira, 21.

Ao todo, as exportações de carne de frango de todo o território brasileiro estão suspensas para 21 destinos, segundo levantamento mais recente do Ministério da Agricultura.

Estão pausados temporariamente os embarques de produtos avícolas brasileiros para China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, África do Sul, União EuroAsiática (Rússia, Belarus, Armênia e Quirguistão), Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Filipinas e Jordânia, conforme o levantamento da pasta.

As suspensões ocorrem após a confirmação de um caso de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul na última sexta-feira, 16.

A lista inclui as nações que suspenderam as importações de produtos avícolas do Brasil e para os quais o Brasil interrompeu a certificação das exportações conforme prevê o acordo sanitário estabelecido com cada país.

Há ainda mercados para os quais estão restritas as exportações de produtos avícolas do Rio Grande do Sul. É o caso do Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Casaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia.

O Japão, por sua vez, suspendeu as compras de carne de frango e derivados do município de Montenegro (RS), onde o foco da doença foi detectado.

Para a Arábia Saudita, também estão suspensas as exportações de frango brasileiro proveniente do município de Montenegro, conforme prevê o protocolo acordado pelos países.

Já os protocolos acordados entre Brasil e Cingapura, Hong Kong, Argélia, Índia, Lesoto, Mianmar, Paraguai, São Cristóvão e Nevis, Suriname, Usbequistão, Vanuatu e Vietnã preveem a regionalização dos embarques para um raio de 10 quilômetros do foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).

"O Ministério da Agricultura e Pecuária permanece em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores, prestando, de forma ágil e transparente, todas as informações técnicas necessárias sobre o caso. As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível", afirmou o ministério na nota. (Com Agência Estado)

Veja: Governo confirma primeiro foco de gripe aviária em granja no Brasil | O POVO NEWS

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