Julgamento da Chacina do Curió é marcado por depoimentos de testemunhas 48o2u

Uma das depoentes afirma que precisa receber acompanhamento psicológico após presenciar o ocorrido

O julgamento desta quarta-feira, 30, da Chacina do Curió foi marcado pelos relatos de duas testemunhas. Uma delas, prima de um dos mortos — Jardel Lima dos Santos, de 17 anos — apontou que ele apenas proferiu frases como “calma, senhor” antes dos disparos serem observados. Neste momento, a vítima procurou refúgio para não ser atingida pelas balas.

A testemunha ainda afirma que precisa estar sob acompanhamento psicológico por não se sentir segura para sair de casa. À defensora pública e assistente de acusação Gina Moura, a depoente disse ter compartilhado o seu relato inúmeras vezes — sentindo-se desconfortável a cada nova declaração. “Sinto medo, desespero pelo que aconteceu com meu irmão. Já pensei em tirar minha vida com medo de acontecer tudo de novo”, declarou.

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Atendendo a um pedido da testemunha, o depoimento da prima de Jardel foi realizado na ausência dos réus — que o acompanharam por videoconferência.

Catarina Ferreira Cavalcante, mãe de Pedro Alcântara, de 18 anos e outra vítima da chacina, também deu o seu depoimento. Ela aponta que o seu filho correu até o portão de casa afirmando ter sido atingido por um tiro. A vítima, então, foi levada de carro, junto com outro atingido, a uma unidade de saúde.

A mãe de Pedro disse que o veículo começou a ser seguido por motos assim que aram por um grupo de homens vestidos com roupas escuras e usando balaclavas. Um dos suspeitos chegou a abordar o motorista do carro, perguntando se as vítimas deviam alguma coisa. 

Quando chegaram ao hospital, policias começaram a filmar as vítimas, chamando-as de "vagabundas". A mãe de Pedro também foi alvo das injúrias. Ainda dentro da unidade de saúde, um policial foi ao encontro de Catarina e de seu outro filho, dizendo "a culpa disso tudo é de vocês, tem que estar tudo morto mesmo”.

“O que eu me pergunto até hoje é o que esses meninos fizeram de errado. Esses meninos estavam conversando, estavam sendo jovens. O que eles fizeram">A genitora ainda declarou que, sempre que vê um carro da polícia na rua, desvia o trajeto — ela aponta que todos do bairro perderam a confiança nas forças de segurança. De acordo com Catarina, as balas que mataram Pedro saíram da arma de um policial que morava no Curió.

Estiveram presentes no julgamento o secretário nacional de o à Justiça, Marivaldo Pereira, a secretária da Juventude do Estado, Adelita Monteiro, e o vice-presidente do comitê mundial Direitos das Crianças, Luís Pedernera.

 

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