Aluna do IFCE é uma das vencedoras do Prêmio Jovem Cientista

Aluna do IFCE é uma das vencedoras do Prêmio Jovem Cientista 612267

Os projetos vencedores apresentam soluções com aplicação prática na saúde pública, no meio ambiente, na luta contra o assédio sexual no ciberespaço, entre outros

Uma aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) venceu a categoria Ensino Médio na 30° edição do prêmio Jovem Cientista. O tema deste ano é “Conectividade e Inclusão Digital”. A pesquisa da estudante trata sobre a democratização do conhecimento de internet das coisas para jovens em vulnerabilidade econômica.

A cerimônia de entrega aconteceu nesta quarta-feira, 12, no Sesi Lab - museu de arte, ciência e tecnologia, em Brasília. O prêmio conta com cinco categorias: Mestre e Doutor, Ensino Superior, Ensino Médio, Mérito Institucional e Mérito Científico, que celebra um pesquisador doutor que, em sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição.

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Estiveram presentes a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos; o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Magnus Galvão; o vice-presidente de Relações Corporativas da Shell Brasil, Flavio Rodrigues; o secretário geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria; e o diretor superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), Rafael Lucchesi.

Os projetos vencedores apresentam soluções com aplicação prática na saúde pública, no meio ambiente, na luta contra o assédio sexual no ciberespaço, entre outros. Os ganhadores receberam laptops, bolsas do CNPq e valores em dinheiro, que variam entre R$ 12 mil e R$ 40 mil.

Os três melhores trabalhos em cada uma das categorias recebem premiações, extensivas aos orientadores.

Trabalho vencedor fala sobre democratização do conhecimento de internet das coisas para jovens em vulnerabilidade econômica 4w3570

Com o título "LIoT: Democratizando o conhecimento em Internet das Coisas", a aluna do IFCE Letícia dos Santos, visa aproximar jovens de periferias de conhecimentos essenciais sobre tecnologias emergentes.

Ao O POVO, Letícia relata que o projeto foi pensado quando a co-orientadora do Laboratório de Inovação Tecnológica (LIT), Luana Moura, tinha uma proposta de trazer uma placa educacional voltado para a robótica e internet das coisas para ajudar os alunos que participavam da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR).

“Depois que eu participei da OBR, tirei o segundo lugar com minha equipe no IFCE e a partir daí a professora e minha orientadora, Rejane Sá, me chamou para ser bolsista no laboratório também. O projeto foi se transformando quando eu cheguei, porque eu tive a ideia de criar livros didáticos que não sobre o processo de criação”, explica.

A jovem explica que o projeto foi pensado no formato de livro para se conectar ao conteúdo da placa da professora. “Eu como aluna do [curso] técnico de telecomunicações, tinha um pouco de dificuldade de aprender esses conteúdos. Então com a minha abordagem para esse conteúdo que é considerado um pouco complexo, eu entenderia melhor”, conta.

Letícia continua: “Meu objetivo era ajudar os alunos e facilitar a compreensão desses assuntos. Minha ideia foi criar historinhas e que os componentes eletrônicos da placa dela virassem personagens na história. Então, dentro da história com personagens, eu contava também ao mesmo tempo como funcionava cada coisa”, detalha.

Para a estudante, a importância da temática abordada foi democratizar o ensino sobre tecnologia e internet das coisas a públicos que não tinham o ou “ficavam excluídos da área”.

“Nosso desejo é continuar trabalhando o projeto e desenvolver mais livros, talvez ampliar mesmo, pros estudantes das escolas públicas. Lá [é o lugar] que tem o nosso público alvo, que não tem o a educação tecnológica que realmente precisa desse apoio para conseguir ter o interesse nesta área”, acrescenta.

Em tom de orgulho, a jovem comenta sobre a felicidade do potencial do projeto: “Eu espero servir de exemplo a outros jovens e crianças e que eles se inspirem de certa forma, e vejam que é realmente possível alcançar sonhos”, finaliza.

A orientadora do projeto, Rejane Sá, explica que a temática é importante pois ainda existem lugares no Ceará e no Brasil que não possuem o à tecnologia e internet. "É importante para impulsionar o Brasil para um país com mais ciência, desenvolvimento e inovação.

Entre as ferramentas utilizadas no projeto, destaca-se o ESP32, um microcontrolador essencial para automação, robótica e IoT (Internet of Things). O dispositivo, que é uma placa, foi utilizado para criar missões práticas que simulam circuitos elétricos e eletrônicos, facilitando o aprendizado de forma dinâmica e ível.

Além disso, o site “IoT Educacional: Desvendando Missões” foi criado pela aluna e equipe, com intuito de permitir que estudantes entre 10 e 19 anos, moradores da Granja Lisboa — considerado um dos bairros mais populosos de Fortaleza, pudessem ter um aprendizado de forma prática e interativa.

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