Fortaleza: homem teria matado mulher a facadas após ela recusar relação sexual

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Conforme o MP, resistência da vítima teria irritado o acusado, que esfaqueou-a quatro vezes. Ele ainda teria alterado a cena do crime para simular um suicídio. Denunciado nega o crime

No último dia 2 de março, o Ministério Público Estadual (MPCE) denunciou Antônio Carlos Ferreira da Silva, de 54 anos, pela morte de Ediana Barreto da Silva, de 35 anos, crime ocorrido no último dia 15 de dezembro no bairro Planalto Ayrton Senna, em Fortaleza.

Conforme a denúncia, Antônio Carlos praticou o crime após tentar manter relações sexuais com a vítima e ela resistir. Ainda de acordo com o MPCE, o acusado esfaqueou-a quatro vezes e, em seguida, colocou a faca na mão esquerda da vítima para tentar simular um suicídio.

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“No entanto, ainda que se falasse em suicídio, a perícia foi categórica ao demonstrar a direção do esgorjamento: da esquerda para direita, um movimento que seria incompatível com alguém canhoto, como o acusado tentou encenar”, afirmou na denúncia o promotor Ythalo Frota Loureiro.

A investigação da 9ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (9ª DHPP) apontou que Ediana havia saído de uma festa, por volta das 4h40min, quando discutiu com a companheira e decidiu ir até a um bar localizado nas proximidades da Areninha do Planalto Ayrton Senna.

O MPCE apontou que a vítima estava em um estado de vulnerabilidade, já que exame de alcoolemia indicou que ela estava com uma concentração de etanol no sangue nove vezes maior que o limite de detecção — 17,65 decigramas de etanol por litro de sangue.

No bar, Antônio Carlos se aproximou e se ofereceu para pagar a conta de Ediana, o que ela recusou. A vítima, então, foi até uma banca de lanches nas proximidades e Antônio Carlos voltou a abordá-la. Os dois sentaram-se juntos e, em seguida, Antônio Carlos convidou-a para a casa dele.

“Dentro da própria casa, o acusado ANTONIO CARLOS teria aproveitado o estado de embriaguez da vítima, para com ela manter relações sexuais”, afirma a denúncia do MPCE.

“Contudo a vítima teria resistido, o que irritou o réu. Enfurecido pela resistência, o acusado, aproveitando o estado de vulnerabilidade da vítima, pegou uma faca, e esfaqueou e esgorjou a vítima, contabilizando três perfurações no pescoço e uma no peito”.

Em depoimento, Antônio Carlos disse que havia ido para casa com Ediana e uma outra mulher e que esta última é quem teria cometido o crime.

Testemunhas chegaram a dizer que viram o suspeito sair de casa, por volta das 9 horas, dizendo: “vocês duas se comportem”, o que, para o MPCE, foi o fingimento de uma “realidade inexistente”.

“No entanto, essa versão é integralmente rechaçada pelas testemunhas, que asseguraram tê-lo visto entrar em casa apenas com a vítima EDIANA e não observaram a suposta motocicleta vermelha mencionada por ele”, diz a denúncia.

"Além disso, sua alegação de que esteve no trabalho e retornou às 15:30, quando encontrou o corpo e acionou as autoridades, é refutada pelos depoimentos de sua afilhada e do proprietário da loja de celulares, que confirmam que ele não trabalhou naquele dia, mas tentou se desfazer do celular da vítima".

Antônio Carlos foi denunciado por homicídio qualificado, fraude processual e roubo. Atualmente, ele está “em local incerto e não sabido”, conforme descrito na denúncia. A prisão preventiva dele foi pedida pelo MPCE. A Justiça ainda decidirá se recebe ou não a denúncia.

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