Em manifestação, trabalhadores da construção civil bloqueiam via em frente à Câmara Municipal
Trabalhadores pedem vale combustível, fim do trabalho aos sábados e aumento salarial e da cesta básica. Justiça determinou que os trabalhadores em manifestação precisam manter distância de 200 metros dos canteiros de obras
Trabalhadores da construção civil de Fortaleza fizeram um bloqueio a rua Doutor Thompson Bulcão, em frente à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) na manhã desta quarta-feira, 30.
Categoria reivindica vale combustível, fim do trabalho aos sábados e aumento salarial e da cesta básica.
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Justiça determinou que os trabalhadores em manifestação precisam manter distância de 200 metros dos canteiros de obras.
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Os profissionais ameaçam greve. A comissão que os recebeu na CMFor foi composta pelos vereadores Gabriel Aguiar (Psol), Aguiar Toba (PRD), Tony Brito (PSD) e assessoria do Bruno Mesquita (PSD).
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Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza que participam do encontro são Roberto Santos, Éder Wanderley e Nestor Bezerra — coordenador geral do Sindicato e ex-deputado estadual do Ceará pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol).
"Infelizmente, há um problema de começar a criminalizar os trabalhadores de uma forma injusta, porque estão reivindicando um determinado básico. A patronal se nega”, afirma Nestor.
A categoria prefere que o vale transporte seja transformado em vale combustível, porque, segundo o coordenador geral, 80% dos trabalhadores têm motocicleta para se deslocarem do canteiro de obras até a residência.
"Se o mês for de 20 dias, eles recebem R$ 40 de vale transporte, mas não foi utilizado o benefício. Ele foi trabalhar mais da metade do mês na moto dele. Então, ele só gastou", calcula. O plano dos profissionais é que a Câmara possa convocar os empresários para intermediar a conversa.
Com informações de Camila Maia.
Justiça do Trabalho determina limites para manifestações do sindicato laboral
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon Ceará) informou que nessa terça-feira, 29, foi proferida a decisão judicial pelo desembargador federal do trabalho do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 7ª Região, José Carlos de Oliveira Uchoa, determinando medidas para garantir a ordem e a continuidade dos serviços nos canteiros de obras durante o período de negociações coletivas.
A decisão estabelece que o sindicato laboral deve:
- Manter distância mínima de 200 metros dos canteiros de obras das empresas representadas pelo Sinduscon Ceará durante manifestações e/ou assembleias;
- Abster-se de impedir o o dos trabalhadores aos seus locais de trabalho;
- Abster-se de incitar ou praticar atos que impliquem dano ao patrimônio das empresas.
Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias, a partir da ciência da decisão.
Conforme informações do Sinduscon, a decisão vem em um momento crítico, diante dos alegados episódios de vandalismo em obras e estandes de vendas de empresas associadas.
As negociações coletivas entre as partes seguem em andamento desde março, com seis rodadas de diálogo já realizadas.