Trilha no Parque do Cocó reúne casais e famílias após reabertura

Trilha no Parque do Cocó reúne casais e famílias após reabertura

O o às trilhas no local foi fechado temporariamente após elevado nível da água do rio; retorno é aproveitado por moradores locais e visitantes

Kora cresceu no Parque do Cocó. Há mais ou menos um ano e meio, com o esforço de moradores, trocou o verde e as incertezas da rua por uma vida ao lado de seus tutores em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Agora, a cachorra retorna ao território conhecido na manhã deste domingo, 4, e se posiciona na entrada da trilha, observando.

O eio, com os localizados nas avenidas Padre Antônio Tomás e Sebastião Abreu, em Fortaleza, foi interditado no dia 30 de abril, devido ao alto nível da água do rio Cocó. O uso da área permaneceu suspenso até o dia anterior, no sábado, 3, mas os visitantes já retornaram.

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“Hoje é a primeira vez que ela (Kora) está vindo revisitar onde foi encontrada”, revela o servidor público Fábio Lobo, 50, que comenta com a esposa: “Fazia muito tempo que a gente não vinha pra trilha. Da última vez estava fechada, né? Tem o quê? Uns seis meses">“Na quarta-feira eu não vim, e aí na quinta estava fechado. (Foi) quinta, sexta, sábado… Aí voltou hoje”, explica. Na sequência, indica que mora ao lado e tem o costume de, “quase todo dia”, caminhar pelo espaço — “Eu amo. Sou a rainha da trilha!”, ri.

Outros visitantes confessam que não faziam ideia do comunicado, mas ficam felizes de ter escolhido o dia certo. “Não tenho costume (de fazer trilha). Eu sou de Fortaleza, moro aqui do lado do Cocó, mas não tenho hábito de vir para cá. Não sabia que estava fechada”, afirma Taís Alves, 30.

A recepcionista caminha com um amigo, ambos trajados com roupas características de corredores. A explicação chega em seguida: os dois participavam de uma corrida na Beira Mar quando decidiram encontrar um lugar “mais agradável, mais tranquilo”, e o Cocó foi sugerido.

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Não fosse por alguns resquícios na terra, reminiscentes de poças d’água e movimentação, talvez um olho não acostumado poderia ignorar, à primeira vista, que a interdição na trilha havia durado alguns dias. Mesmo assim, Taís não deixa de constatar que algo parece diferente.

“Eu estava até falando para ele (o amigo): tem alguma coisa diferente. Já faz muito tempo que eu não venho, aí estou notando alguma coisa de diferente. Só não sei o que é, mas tá diferente”, diz.

Trilha no Parque do Cocó: famílias e casais aproveitam retorno

O educador ambiental Francisco José Araújo, que atua no parque, confirmou a reabertura das trilhas e destacou que a interdição aconteceu em razão de uma maré cheia e da força das chuvas.

“Quando vem, ocupa todo o Cocó e sai arrastando tudo, inclusive as marcações (da trilha), que são de madeira pesada”, alerta. “Hoje a trilha está aberta e já tem um grande público entrando lá”.

A maioria dos visitantes chega em duplas: são casais, amigos ou parentes. No entanto, à medida que a caminhada na trilha prossegue, o domínio dos pares é rivalizado apenas pela presença de famílias, representadas pela risada livre e gritinhos eufóricos das crianças.

“É um canto que a gente está em contato com a natureza. Dentro dessa cidade só de cimento, só de concreto, nós achamos ótimo. Eu e minha esposa, a Violeta, estamos sempre aqui caminhando”, afirma o aposentado Roberto Carvalho, 67.

Aos domingos, se o neto Miguel estiver visitando, também acompanha os avós na trilha. “Quando ele dorme lá em casa, aí no domingo a gente traz ele pra cá, que é para sair de dentro da cidade”.

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“Eu sinto segurança. A gente sente realmente que aqui é um local bem seguro, e está bem próximo da natureza. Nós respiramos aqui o ar puro”, completa Carvalho.

A diminuição do tempo nas telas, além do contato direto com a fauna e a flora, são outras motivações que incentivam a visita de pais e mães na trilha.

“Eu moro aqui perto e esse é um ambiente que eu sinto muita segurança. Então, como as crianças são pequenas, ele é muito aberto para fazer atividade física, ter esse contato com a natureza”, inicia a consultora Fernanda Rocha, 43.

“A gente tem esse momento de família, longe das telas, que é o que mais buscamos hoje em dia”, completa.

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