Morre bebê de um ano vítima de agressões em Fortaleza; padrasto está preso
Padrasto permanece preso e mãe foi solta durante audiência de custódia
O menino de 1 ano e seis meses que foi vítima de agressões e maus-tratos morreu em uma unidade hospitalar de Fortaleza. A informação foi confirmada nesta terça-feira, 6, por meio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
O menino, identificado como Guilherme, foi internado no dia 3 de maio. A mãe e o padrasto da vítima foram presos pela Polícia Militar e encaminhados à delegacia. Os dois aram por audiência de custódia e o padrasto teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A mãe foi solta.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Padrasto confessou agressão
De acordo com o inquérito ao qual O POVO teve o, durante depoimento, o padrasto confessou ter agredido a criança e, em seguida, o bebê começou a se contorcer e desmaiou. Ele afirmou que percebeu que "a pancada pode ter sido muito forte".
A criança apresentava muitas marcas pelo corpo e, inicialmente, o padrasto disse que seriam provenientes de uma queda no banheiro. De acordo com a investigação, uma testemunha relatou que viu o homem fazendo os primeiros socorros na criança em via pública e que, ao se aproximar, viu que a criança estava desmaiada e com várias marcas no pescoço, rosto e corpo.
A mãe, por sua vez, afirma não ter presenciado as agressões. Ela prestou depoimento na delegacia, foi autuada por maus-tratos, mas a Justiça decidiu pela soltura durante a audiência de custódia.
Conforme o laudo pericial do bebê ao dar entrada no atendimento de saúde, há comprovação de “hematomas extensos em braços e antebraço esquerdo” da criança.
Além de equimoses em região bucal esquerda, auricular esquerda, na região frontal, na coxa esquerda, demonstrando ofensa a integridade corporal do menor
Padrasto e mãe seriam da comunidade do Castelo Encantado. Diversos moradores se reuniram no hospital e acompanharam a saída do casal, que foi escoltado pela Polícia até a delegacia. Os moradores estavam revoltados com a situação e afirmavam que a mãe era conivente com as agressões e maus-tratos contra o menino.