Hospital Universitário do Ceará atendeu mais de 200 pacientes trans

Hospital Universitário do Ceará atendeu mais de 200 pacientes trans

Antes pacientes trans eram atendidos no Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM). HUC ou a atender este público em março deste ano, ao ser inaugurado, e afirma já ter atendido 276 pessoas transgênero até o momento

O Hospital Universitário do Ceará (HUC) atendeu 276 pacientes transgêneros em menos de três meses, desde sua inauguração em março último, disponibilizando exames de imagens e acompanhamento regular para transição de gênero, por meio do Serviço Ambulatorial Transdisciplinar para Pessoas Transgênero (Sertrans).

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Antes, a população trans de Fortaleza era atendida no Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM). O HUC, da rede estadual da saúde, ou a atender este público.

Na nova unidade de saúde, a equipe assistencial foi ampliada e os dias de consultas ocorrem de segunda a sexta-feira, por meio do Sertrans.

O serviço oferece atendimentos com médico clínico, endocrinologista, psiquiatra, psicóloga, assistente social e enfermeira. Os exames laboratoriais e de imagens também são feitos na própria unidade.

O HUC também realizou cerca de 320 consultas médicas entre atendimentos com endocrinologista, clínico geral e psiquiatra desde março.

Criado em 2017, o Sertrans é o único serviço específico, mantido pelo Governo do Estado, para o público trans no Ceará. Já a Central de Regulação do Estado é a responsável por agendar e direcionar os pacientes, que, em seguida, são encaminhados para o atendimento.

Segundo o coordenador do ambulatório Sertrans, Victor Rezende, o acompanhamento médico é fundamental, principalmente em casos de reposição hormonal.

“O hormônio, apesar de ser produzido pelo nosso corpo, se for aplicada uma dose acima ou abaixo, pode trazer alguma complicação e alteração de outros sistemas do nosso corpo como alteração de colesterol ou fígado. Portanto, tenho que prescrever o hormônio adequado, na dose adequada e monitorar os efeitos no corpo daquela pessoa”, destaca.

Em entrevista ao O POVO, a responsável pelo Núcleo de Saúde LGBTQIA+ da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS), Mariana Pinheiro, disse que em 2024 pelo menos 600 pessoas estavam na lista de espera para atendimento no Sertrans desde 2019.

A enorme fila de espera ocorre porque os solicitantes do serviço não foram chamados ou por não terem dados atualizados, o que impossibilita o contato. Por outro lado, o coordenador do ambulatório assegura o atendimento no HUC:

“Basta procurar um posto de saúde e pedir para ser encaminhado. Aqui, além dos atendimentos, nós entregamos as medicações gratuitamente e realizamos todos os exames laboratoriais e de imagens necessários para o procedimento da transição, de forma gratuita”, comunica o especialista.

 

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