Jardim Japonês tem sinais de abandono e falta de manutenção na Beira Mar

Jardim Japonês tem sinais de abandono e falta de manutenção na Beira Mar

Em visita do O POVO ao local, na sexta-feira, 23, foi possível observar luminárias com defeito, estrutura de escadaria quebrada, pichações e sujeira

A Praça Jusaku Fujita, nome oficial do Jardim Japonês, localizada em uma das áreas mais nobres de Fortaleza, na Beira Mar, tem apresentado sinais aparentes de abandono. A área construída em homenagem ao primeiro imigrante japonês no Ceará, tem luminárias com defeito, estrutura de escadaria quebrada, pichações e sujeira. O local também tem abrigado pessoas em situação de rua.

LEIA TAMBÉM | Cães encontrados na Mister Hull foram levados para abrigo; local pede apoio

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Em meio à grande movimentação da avenida Beira Mar, o jardim chama atenção pela sua beleza exótica, apesar de também demonstrar claros sinais de falta de cuidado nos 1.900 metros quadrados do local. A praça foi fundada em abril de 2011 em homenagem a Jusuka Fujita, o primeiro imigrante japonês no Ceará.

Na visita do O POVO ao local, sexta-feira, 23, era possível perceber sinais de falta de zelo com o equipamento. O paisagismo do jardim, com mais de 50 espécies de plantas, já não parece o mesmo, com grama alta e plantas mal cuidadas.

O ambiente aparenta estar diferente de sua concepção, o local apresenta danos em estruturas como escadarias e paredes, possui acumulo de sujeira em meio ao chão e lagos, além de pichações em quase todos os locais.

A fortalezense Mary Jane, 50, visitou o local em 2011 quando o espaço foi inaugurado, e ao voltar ao jardim mais de 12 anos depois, percebe a diferença no cuidado do espaço: "Era bem bonitinho, era bem iluminado, bem tratado".

Ao entrar na noite, as luminárias, tão tradicionais da cultura japonesa, estavam, na maioria, quebradas. Menos da metade das unidades estão em funcionamento, mostrando o abandono do local, e gerando insegurança para a população devido à falta de luminosidade.

A falta de iluminação e segurança gera um alerta em muitos visitantes que am pelo jardim, é o que relata o jovem Nicolas Oliveira, 18. O jovem estudante de Letras da UFC, disse sentir medo ao adentrar no local por conta do sentimento de insegurança.

"Eu achei o parque muito bonito, só que de cara assim, eu já vi as pichações, vi que tem umas lâmpadas quebradas assim, eu acho que dava para ter um cuidado maior [...] eu vejo de vez em quando na internet alguém diz: 'Ah, lugares para visitar em Fortaleza'. Esse é um deles né? Só que dá para ver que realmente não tem ninguém eando aqui", disse.

A questão da segurança tem sido um problema em toda a cidade, durante a visita do O POVO ao local na tarde desta sexta-feira, nenhum segurança ou policiamento entrou no espaço do Jardim, quase como se fosse um "ponto cego" dentro do principal ponto turístico da cidade.

Cláudia Teles, 39, foi visitar o jardim pela primeira vez, e ao chegar no local, relatou sua primeira impressão do ambiente: "Está com aspecto de abandonado, as plantas estão morrendo, água suja, bastante sujidade. Tem roupa jogada como se tivessem moradores de rua hospedados aqui".

A situação relatada por Cláudia realmente preocupa turistas e fortalezenses. Em parte coberta do equipamento, pessoas em situação de rua deixam seus pertences. Algumas dessas pessoas residem no local.

Prefeitura faz vistoria no local

A Secretaria da Regional 2 disse por meio de nota estar ciente das condições do Jardim Japonês, e que uma equipe técnica visitou a região para levantar os serviços necessários. A nota diz que serviços de melhoria na infraestrutura serão realizados "o mais breve possível". Em relação à limpeza do equipamento, a Secretaria informou que a limpeza da praça deve acontecer ainda essa semana.

A Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP) afirmou que uma equipe irá ao local verificar a necessidade de manutenção na parte de iluminação.

Sobre a questão da segurança na localidade, a Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) informou que realiza rondas preventivas ao longo de toda a Beira Mar, promovendo a segurança da população. O órgão disse ainda que recebe auxilio da Central de Operações Integradas da Beira Mar (COI-BM), que funciona 24 horas por dia.

A Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) disse que buscas do Serviço de Abordagem Social para pessoas em situação de rua são realizados no local semanalmente. A nota acrescenta que o Centro de Referência Especializado (Centro Pop) identifica 11 pessoas dormindo no espaço do Jardim Japonês.

A secretaria informa que presta apoio às pessoas em situação de rua, oferecendo orientação jurídica, atualização de dados para permanência no Programa Bolsa família, entre outros serviços, mas que recusam acolhimento institucional.

Veja nota na íntegra

A Secretaria Regional (SER) 2 informa que está ciente da situação registrada na praça Jardim Japonês, no bairro Meireles. Uma equipe técnica visitou o equipamento, realizou o levantamento dos serviços necessários e, a partir disso, a demanda segue em andamento para que as melhorias de infraestrutura necessárias sejam executadas o mais breve possível. Os serviços de limpeza devem acontecer ainda esta semana.

Sobre a iluminação, a Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP) informa que uma equipe técnica foi encaminhada ao local para verificar a situação e realizar as manutenções necessárias.

A Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) informa que, no Jardim Japonês, são realizadas, semanalmente, buscas ativas do Serviço de Abordagem Social para pessoas em situação de rua. O Centro de Referência Especializado (Centro Pop) identifica cerca de 11 pessoas que dormem naquele espaço. Os indivíduos recebem orientação jurídica, atualização de dados para permanência no Programa Bolsa família, entre outros atendimentos, mas recusam acolhimento institucional.

A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) informa que realiza rondas preventivas ao longo de toda a Avenida Beira Mar, incluindo o Jardim Japonês, com o objetivo de promover a segurança e o bem-estar de moradores, turistas e frequentadores do local.

Além do patrulhamento presencial realizado pelas equipes da GMF, a região conta com o e da Central de Operações Integradas da Beira Mar (COI-BM), que funciona 24 horas por dia. O sistema de videomonitoramento da COI-BM é composto por 144 câmeras distribuídas estrategicamente entre o Poço da Draga e o Mercado dos Peixes, permitindo maior eficiência na identificação de ocorrências e na pronta resposta das forças de segurança.

Como reforço às ações de vigilância, a Avenida Beira Mar também dispõe de uma Célula de Segurança Cidadã, localizada no aterro da Praia de Iracema, ampliando a presença das forças de segurança no território.

Qualquer ocorrência de arrombamento, assalto ou situação emergencial deve ser comunicada pelo telefone 190 ou diretamente a um agente da GMF mais próximo, para que as equipes sejam acionadas com agilidade.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

beira mar

Os cookies nos ajudam a istrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar