Novo CID? Vício de adolescentes em redes sociais pode se tornar transtorno mental

Novo CID? Vício de adolescentes em redes sociais pode se tornar transtorno mental

De acordo com os proponentes, a intenção é que a condição possa também fazer parte da Classificação Internacional de Doenças (CID), da OMS

Um grupo de cientistas está propondo que a relação nociva de alguns adolescentes com as redes sociais e a internet seja categorizada, de maneira oficial, como um transtorno mental.

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A ideia ganhou destaque nesta semana com a revista científica JAMA, da Associação Médica Americana, que divulgou um artigo sugerindo critérios para determinar o que é o consumo exagerado de mídia sociais e quando tal ato se torna um distúrbio médico.

Em caso de aceitação da proposta, ela poderia integrar o manual de estatísticas e diagnósticos da psiquiatria, o DSM, que influencia políticas públicas no mundo todo.

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Segundo os proponentes, a intenção é que a condição possa também fazer parte da Classificação Internacional de Doenças (CID), feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Redes sociais e adolescentes: estudos comentam sobre o tema

O trabalho foi baseado em um estudo feito com adolescentes pela Universidade de Stony Brook, em Nova York, liderado pela sanitarista Lauren Hale. A profissional buscou avaliar o quanto o tempo excessivo de tela estava afetando a vida dos voluntários.

“A redução do uso de telas teve um efeito geral positivo nas dificuldades comportamentais de crianças e adolescentes. Os benefícios mais notáveis associados à redução do uso de telas foram a diminuição da internalização de problemas comportamentais e o aumento das interações sociais positivas”, escreveu Hale nos resultados de sua análise.

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“Pesquisas futuras devem explorar os potenciais efeitos diferenciais dos vários tipos de uso de mídias de tela e analisar mais profundamente se a participação coletiva da família em tais intervenções é um componente essencial para os benefícios observados. Além disso, mais pesquisas são necessárias para confirmar se esses efeitos são sustentáveis a longo prazo”, completou a sanitarista.

Já o pediatra Dimitri Christakis, da Universidade de Washington, elaborou uma escala para avaliar a relação patológica de adolescentes com as redes, considerando o tempo gasto nesses aplicativos.

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