Conclave: filmes e livros para entender o rito da escolha do novo papa

Conclave: filmes e livros para entender o rito da escolha do novo papa

As obras abordam os bastidores e a realização do conclave, rito responsável pela escolha do papa que virou assunto em alta entre os internautas

Após a morte do papa Francisco nessa segunda-feira, 21, a internet se dividiu entre lamentar a morte do líder religioso e criar expectativas acerca do próximo conclave.

O ritual que define a escolha do novo papa entrou para a cultura pop por conta da presença do filme “Conclave, dirigido por Edward Berger, na 97ª edição do Oscar, no qual saiu com a estatueta de Melhor Roteiro Adaptado.

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Estrelado por Ralph Fiennes como Cardeal Lawrence e recheado de intrigas fictícias, o longa aborda de maneira bastante fidedigna as tradições em torno desse rito tão discreto e reservado a um número específico de cardeais.

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A história é uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por Robert Harris e publicado no Brasil em 2020 pela editora Alfaguara. Categorizado como um thriller religioso, vale destacar que tanto o filme quanto o livro “Conclave” são obras fictícias baseadas em fatos reais.

Enquanto a data de realização do próximo conclave ainda não foi anunciada, confira alguns filmes e livros que tratam sobre o tema.

Filmes sobre o conclave e a política por trás da escolha do papa

Em uma entrevista à Publisher 's Weekly em 2016, Robert Harris, autor do livro “Conclave", disse que o processo de escolha do papa era um terreno fértil para o drama.

Quase dez anos depois, a adaptação cinematográfica fez jus à sua declaração, conquistando o público ao mostrar que este é um processo que exige muita política interna, com cardeais vasculhando a vida uns dos outros para desqualificá-los da votação.

Entenda como será o conclave que define o novo papa

Mas muito antes das intrigas de “Conclave”, outras obras já exploravam o drama que existe nos corredores do Vaticano.

Habemus Papam, 2011, dir. Nanni Moretti

“Habemus Papam” é uma comédia dramática dirigida por Nanni Moretti, cujo título é retirado da frase em latim utilizada pela Igreja Católica no anúncio do novo papa.

A escolha combina com a trama sobre a eleição de Cardeal Melville, interpretado por Michel Piccoli, como um papa reticente com seu cargo. No momento de ser anunciado ao público, ele tem um ataque de pânico e não aparece na sacada da igreja.

Para resolver a situação, o Colégio dos Cardeais convida o psicanalista Professor Brezzi, interpretado pelo próprio diretor, para tratar da crise do novo papa, que precisa aceitar seu cargo para dar fim ao conclave que o elegeu.

As Sandálias do Pescador, 1968, dir. Michael Anderson

Um épico político, As Sandálias do Pescador, de Michael Anderson, é um filme que mostra a realização de um conclave em plena guerra fria. O protagonista é Cardeal Kiril, interpretado por Anthony Quinn, que se torna papa após ar 20 anos preso em um campo de trabalho na Sibéria.

A obra foi notável na época por explorar as atividades diplomáticas e políticas da Santa Sé e desafiar as ditaduras comunistas existentes na época, trazendo para centro a humanização da figura do papa.

Além disso, a trama abordou a eleição de João Paulo II, em 1978, um papa nascido em um país governado pelos soviéticos, a Polônia, e cujo mandato foi marcado pela busca de repelir esse regime autoritário.

Dois Papas, 2019, dir. Fernando Meirelles

Naturalmente, o encontro de dois papas não deveria acontecer, já que o pontífice só é escolhido após a morte do anterior. No entanto, após a renúncia do papa Bento XVI em 2013, foram abertas as portas para um possível encontro entre ele e o seu sucessor, o papa Francisco.

Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, “Dois Papas” imagina como seria esse encontro, colocando-os para discutir sobre assuntos polêmicos como a fé em Deus e o acobertamento das acusações de má conduta sexual por parte de membros da igreja católica.

A trama também aborda os bastidores da eleição e renúncia de Papa Bento XVI, terminando com o conclave que elegeu papa Francisco.

Uma das cenas mais icônicas do longa é dos dois papas assistindo juntos à final da Copa do Mundo de 2014 entre as seleções de seus países natais, Alemanha e Argentina.

Livros sobre o conclave e a política por trás da escolha do papa

Além dos filmes, existem livros que se aprofundam e se inspiram nos aspectos históricos do conclave.

Sendo uma das instituições mais antigas e poderosas do mundo, a Igreja Católica desperta a curiosidade de leitores que buscam entender como se dá o processo de escolha do seu líder religioso. A seguir, alguns livros sobre o tema:

Segredos do Conclave, de Gerson Camarotti

Publicado pela Geração Editorial, “Segredos do Conclave” é escrito pelo jornalista e comentarista político da GloboNews, Gerson Camarotti. Na obra, o autor conta os bastidores da eleição do papa Francisco e a operação realizada pelo Vaticano para estancar o que ele chama de uma “hemorragia” de fiéis na América Latina.

Capa do livro "Segredos do Conclave"
Capa do livro "Segredos do Conclave" Crédito: Divulgação/Amazon

Camarotti foi o único jornalista da imprensa mundial que acertou que Jorge Mario Bergoglio seria escolhido como próximo pontífice, assumindo posteriormente o nome de papa Francisco.

A obra também conta com um prefácio escrito por Ariano Suassuna.

Conclave, de Robert Harris

Obra que serviu de base para o filme, “Conclave", de Robert Harris, foi publicado no Brasil em 2020 por sugestão de Jô Soares, que mencionou o livro durante um encontro com Luiz Schwarcz, presidente da editora Alfaguara.

A história é sobre o conclave organizado por Cardeal Lawrence, que precisa investigar os cardeais indicados para o cargo de papa, garantindo que o sucessor do pontífice seja adequado.

Ao longo da eleição, ele descobre que existem grupos com diferenças inconciliáveis, conservadores e reformistas que não parecem concordar com os rumos da Igreja Católica. Eis que surge um cardeal, até então desconhecido, escolhido pelo próprio papa que avança como favorito.

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