Entre polêmicas, Emilia Pérez estreia nos cinemas nesta quinta, 6 3u2b14
Considerado a obra mais polêmica entre os indicados ao Oscar 2025, "Emília Perez" aborda temas como cartel de drogas, transição de gênero e pessoas desaparecidas
O filme “Emília Perez” estreia nesta quinta-feira, 6, nos cinemas brasileiros. O longa-metragem é considerado o maior concorrente da obra brasileira “Ainda Estou Aqui” na corrida pelo Oscar 2025.
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É + que streaming. É arte, cultura e história.
Com produção inteiramente sa, o filme conta a história de da advogada Rita (Saldãna), que conhece o líder do cartel de drogas do México, Manitas (Gascón). Ele a pede ajuda para fazer uma transição de gênero, para ser a mulher que sempre idealizou e mudar de vida.
O traficante reaparece quatro anos depois como Emília Pérez (Karla Sofía Gascón), que volta a procurar Rita para ajudá-la a reorganizar sua vida e abrir uma ONG.
Apesar do reconhecimento do Oscar, o filme vem gerando diversas discussões. Confira algumas delas:
Falta de representatividade c4z53
A primeira grande polêmica que envolve “Emilia Pérez” começou com a divulgação do filme no México, país onde supostamente se a o filme. A rejeição começou devido à baixa representatividade real na obra, visto que é um longa francês, com atores majoritariamente espanhóis e americanos e apenas uma atriz mexicana.
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Outra controvérsia apontada pelos mexicanos, foi uma declaração do diretor francês Jacques Audiard, que revelou à imprensa que não fez pesquisas sobre o México para a produção do filme.
A forma como o assunto cartel de drogas e o consequente assassinato de pessoas foi abordada também desagradou o México. O enredo da trama foi acusado de ser mal desenvolvido e não abordar de forma sensível questões complexas do País.
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Fake news e “holocausto” 1r3a6n
No fim de janeiro, a atriz protagonista de “Emília Perez”, a espanhola Karla Sofía Gascón, acusou as "pessoas que trabalham no ambiente de Fernanda Torres" de a atacarem nas redes sociais.
Em reportagem da revista "Vogue", publicada em 22 de janeiro, ela disse: "o que eu não aguento é que, em cada notícia minha que sai ou em cada programa que participo, chegue a equipe de redes sociais da Fernanda Torres ou do filme e tome conta de tudo, dizendo: 'Fernanda Torres é a melhor, você é uma porcaria, Fernanda Torres deveria estar nesse programa, Fernanda Torres merece'".
Poucos dias depois, ela fez menção novamente aos ataques que vinha sofrendo e publicou no X (antigo Twitter): “hoje alguém me perguntou se eu achava que havia uma campanha orquestrada contra a minha indicação e contra Emilia Pérez (…). Cuidado para não continuar ignorando o discurso de ódio, foi assim que começaram na Alemanha e acabamos nos campos de concentração”.
A reação negativa dos internautas foi imediata. Alguns criticaram a comparação considerada desrespeitosa e ressaltaram a gravidade do holocausto, um genocídio que matou milhões de judeus, opositores políticos, negros e membros da comunidade LGBTQIAPN+ durante a Segunda Guerra Mundial.
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Publicações antigas q4z5j
Após a repercussão de um vídeo em que Fernanda Torres pratica black face na série “Sexo Oposto”, de 2008, a atriz brasileira teve que dar explicações sobre a situação. Em seguida, internautas brasileiros acusaram Karla Sofía de racismo e intolerância religiosa após resgatarem publicações ofensivas em que falou sobre ataques terroristas, islamismo, covid-19 e até ao próprio Oscar.
A maior parte das publicações aconteceram no X (antigo Twitter), entre 2020 e 2021.
"Cada vez mais o #Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto. Não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8M", escreveu a atriz sobre o Oscar.
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Covid-19, "essa merda chinesa" 1d5s2e
Sobre a pandemia, Karla publicou em 2020: “há tantos cientistas no mundo fazendo bombas, tantos acadêmicos construindo objetos para o espaço, tantas fábricas de medicamentos e não há ninguém que consiga entrar na fila dessa merda chinesa. No final, foi um show tremendo para uma nova variante da gripe, aviária ou coronavírus”.
"Em vez de inglês, teremos que ensinar árabe" 6a5034
"Sinto muito, é só impressão minha ou há mais muçulmanos na Espanha? Toda vez que vou buscar minha filha na escola, há mais mulheres com os cabelos cobertos e as saias abaixadas até os calcanhares. No ano que vem, em vez de inglês, teremos que ensinar árabe”, disse Karla Sofia, criticando o islamismo em 2020.
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Outras publicações foram encontradas sobre a religião no mesmo ano. "O islamismo é maravilhoso, sem nenhum machismo. As mulheres são respeitadas e, quando são respeitadas, ficam com um pequeno buraco quadrado no rosto para que seus olhos e bocas possam ser vistos, mas somente se ela se comportar. Embora eles se vistam assim para seu próprio prazer. QUÃO PROFUNDAMENTE REPUGNANTE DA HUMANIDADE”, afirmou.
Racismo e George Floyd 5s1y2g
Outra publicações encontrada, de 2020, foi sobre o assassinato de George Floyd. "Eu realmente acho que muito poucas pessoas se importaram com George Floyd, um vigarista viciado em drogas, mas sua morte serviu para demonstrar mais uma vez que há pessoas que ainda consideram os negros como macacos sem direitos e consideram os policiais como assassinos. Eles estão todos errados”, declarou a atriz.
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