"Duas vidas valem mais que três pontos": organizada do Colo-Colo protesta contra polícia chilena
A Barra Blanca, organizada do clube chileno, repudiu os fatos que culminaram na morte de dois jovens torcedores
A Barra Blanca, torcida organizada do Colo-Colo, publicou na noite dessa quinta-feira, 10, em suas redes sociais, uma nota repudiando as ações da polícia chilena contra os torcerdores da equipe. A manifestação ocorreu após a morte de dois jovens torcedores do time, horas antes do inicio do confronto entre Colo-Colo e Fortaleza, pela Copa Libertadores.
Os torcedores organizados publicaram uma imagem com a frase: "duas vidas valem mais do que três pontos" e o logo dos Carabineros de Chile, policia ostensiva de defesa civil do país, de cabeça para baixo e a palavra vingança em caixa alta e na cor vermelha. Na legenda da publicação, foi colocada a nota contra as forças de segurança local.
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Nota da torcida Garra Blanca sobre o ocorrido:
"O futebol jamais estará acima da vida das pessoas. Antes do jogo de hoje, contra o Fortaleza, dois torcedores (18 e 14 anos) fora atropelados por um carro lança gás dos 'pacos'".
"Não é a primeira vez que essa instituição acaba com a vida de um dos nossos nas imediações do estádio Monumental. Primeiro foi o Patruka, atropelado por um guanaco, assim como Neco, há uns anos atrás, hoje são esses dois jovens, que tinham toda a vida para seguir a equipe do seu coração".
"Não permitiremos que o 'show' tape a gravidade do que foi feito, dois menores assinados por esses uniformizados. Faltaram totalmente com os protocolos, se é que eles tem".
"Não podem seguir morrendo companheiros de arquibancada nas mãos desta instituição, um sai de casa com o desejo de ver a sua equipe, de descansar e se divertir. Não é possível que não volte para casa por ir assistir uma partida de futebol".
"Demonstramos nossos pesames as familias".
Marinho questionou a segurança do futebol e se solidariza com as vitimas:
O atacante Marinho, titular do Fortaleza na fatídica partida contra o Colo-Colo na quinta-feira ada, manifestou-se sobre os trágicos acontecimentos do lado externo e interno do Estádio Monumental David Arellano, em Santiago, no Chile. Em uma publicação feita em uma página no Instagram, o atleta se solidarizou com as vítimas que faleceram no local e questionou a insegurança no futebol.
“O que aconteceu ontem é algo que foge do futebol. Qual o exemplo que será ado ao mundo? Garrafa de vidro jogada em campo, moedas, sinalizadores e pedras? A que ponto chegamos? Indignação é o nome. Sofremos atentado contra nosso ônibus no ano ado e nada aconteceu com os responsáveis. Infelizmente, não há segurança para os jogadores, não há para nosso torcedor que viaja, para os familiares com crianças. Todos ficam expostos à guerra. Até onde iremos?”, escreveu em suas redes sociais.