Bactéria é descoberta em estação espacial chinesa e intriga cientistas

Bactéria é descoberta em estação espacial chinesa e intriga cientistas

Uma bactéria desconhecida na Terra foi encontrada na estação Tiangong, intrigando cientistas por sua resistência à radiação e por mutações sofridas no espaço

Resistente à radiação e adaptada ao ambiente extremo do espaço, um micro-organismo inédito foi identificado a bordo da estação espacial Tiangong, da China.

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Trata-se de uma cepa bacteriana até então desconhecida na Terra, encontrada no interior da estação espacial chinesa, a centenas de quilômetros da superfície terrestre. O micro-organismo não apenas sobreviveu ao ambiente hostil do espaço como também apresentou características únicas.

Mais que uma curiosidade científica, o achado levanta reflexões sobre a capacidade de adaptação de organismos vivos em condições extremas, os desafios para a colonização de outros corpos celestes e os riscos de contaminação biológica fora do planeta.

Bactéria no espaço: o achado inesperado em órbita

A bactéria foi identificada durante uma série de testes de rotina no módulo Wentian, utilizado para estudos dos efeitos do espaço sobre materiais e seres vivos.

Segundo oNew York Post, amostras de poeira coletadas em superfícies internas da estação revelaram um micro-organismo que, a princípio, parecia comum, mas revelou propriedades surpreendentes.

Classificada como uma variante do Bacillus timonensis, a cepa mostrou-se geneticamente distinta de qualquer outra já registrada na Terra.

Segundo reportagem da Wired, análises indicam que o micro-organismo sofreu mutações significativas, possivelmente provocadas pelas condições espaciais. Isso sugere um processo de adaptação o qual permitiu sua sobrevivência e seu desenvolvimento em órbita.

Capacidade de resistência e potencial biológico

Entre as características mais notáveis da bactéria está sua resistência incomum à radiação. Conforme destacou o Live Science, essa capacidade é rara mesmo entre organismos extremófilos e pode ter aplicações promissoras — como a proteção de astronautas em missões de longa duração, o desenvolvimento de novos fármacos ou o tratamento de resíduos radioativos.

Além disso, o micro-organismo demonstrou tolerância a variações severas de temperatura, a ausência de gravidade e a outros fatores ambientais que, normalmente, seriam fatais para formas de vida conhecidas.

Segundo a Sky News, o estudo dessas adaptações pode contribuir para avanços em biotecnologia espacial e favorecer a criação de ecossistemas sustentáveis em futuras bases lunares ou marcianas.

Bactéria no espaço: origem da cepa

A origem do micro-organismo permanece incerta. Especialistas consultados pelo Yahoo News avaliam que a hipótese mais plausível é que a bactéria tenha sido levada inadvertidamente à estação, possivelmente durante a construção ou em missões de abastecimento.

Uma vez exposta ao ambiente orbital, a cepa teria ado por um processo acelerado de mutação, dando origem a uma versão modificada de si mesma. Tal cenário reforça a importância da “proteção planetária” — conjunto de protocolos destinados a impedir a contaminação de corpos celestes por micro-organismos terrestres.

Se um organismo simples pode sobreviver e se adaptar ao espaço, aumentam os riscos de uma eventual contaminação biológica acidental durante missões interplanetárias.

O espaço como ambiente de evolução biológica

Reportagem da Space.com ressalta que a descoberta corrobora uma tese cada vez mais aceita na astrobiologia: o espaço pode funcionar como um ambiente de pressão evolutiva, capaz de induzir transformações profundas em organismos vivos.

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Essa constatação transforma estações espaciais, como a Tiangong, em plataformas ideais para a observação da evolução biológica em condições extremas.

Cientistas têm, assim, a oportunidade de estudar os limites da vida e de explorar possíveis pistas sobre a origem da vida em outros planetas.

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