Caso de advogado que envenenou guarda municipal aguarda julgamento há oito anos

Caso de advogado que envenenou guarda municipal aguarda julgamento há oito anos

Júri foi remarcado seis vezes e, agora, está previsto para o dia 7 de maio. Caso aconteceu em 2017. Acusado era casado com sobrinha da vítima

Há oito anos, o caso do advogado Victor Henrique da Silva Ferreira Gomes, de 23 anos, acusado de envenenar o guarda municipal José Gonçalves Fonseca, aguarda julgamento. O júri foi remarcado seis vezes e está previsto, atualmente, para o dia 7 de maio. O caso foi registrado em Fortaleza no ano de 2017. 

A negociação da compra e venda de uma casa intermediada pelo advogado Victor Henrique terminou em tragédia motivada por uma dívida de R$ 265 mil.

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O guarda municipal foi morto envenenado, asfixiado e teve o corpo abandonado no bairro Manoel Dias Branco, em Fortaleza. O acusado do crime trabalhava para a vítima na negociação da venda de uma imóvel. 

Victor era casado com a sobrinha da vítima e utilizou o parentesco como forma de se aproximar e ganhar a confiança de José, que estava comprando um imóvel. 

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O valor total do imóvel era de R$ 365 mil e José havia pago R$ 100 mil a vista como uma espécie de entrada. O valor restante do imóvel seria pago quando a casa estivesse disponível para a venda, pois a residência era de uma partilha de ação de inventário. 

O guarda municipal estava com R$ 265 mil na conta bancária, que era proveniente da venda de um outro imóvel.

Victor convenceu José a depositar o dinheiro da conta dele, com o argumento que seria necessário um depósito judicial para garantir a legalidade da venda. No entanto, ele teria se apropriado dos valores e utilizado o dinheiro para outros fins, como a compra de um carro a vista e outro imóvel. 

Vítima foi morta quando estava prestes a descobrir o golpe

A investigação aponta que quando o advogado estava prestes a ser descoberto, ele montou uma armadilha para o guarda municipal e o matou envenenado com chumbinho (veneno para rato). O corpo da vítima foi encontrado dois dias depois. 

A Polícia descobriu que no dia do crime o guarda municipal encontraria o advogado e eles se juntariam ao vendedor da casa e a um corretor de imóveis para certificar a todos que os R$ 265 mil estavam na conta bancária e seguiriam para uma agência bancária. Neste dia, o guarda municipal saiu de casa e foi encontrado morto dois dias depois. 

As transações bancárias obtidas pela Polícia Civil mostraram que, após adquirir o dinheiro de José, Victor Henrique fez transferências para benefício próprio.

Depois do crime, ele apontava o corretor de imóveis e o vendedor da casa como autores da ação criminosa. Quando a Polícia o interrogou apontando possível envolvimento do advogado no crime, ele ficou em silêncio. 

A Polícia obteve imagens do advogado abandonando o carro da vítima em uma via de Fortaleza. A investigação apontou que Victor matou o guarda municipal, pois iriam descobrir que ele havia usado o dinheiro da negociação da casa. O caso foi elucidado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). 

O POVO solicitou informações ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) por e-mail e aguarda resposta. 

 

 

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Segurança Pública Ceará Guarda Municipal de Fortaleza

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