Wagner Moura volta a retratar ditadura em filme e critica 'momento distópico'
Diretor de "Marighella" (2021), Wagner Moura destaca memória política do Brasil em "O Agente Secreto" (2025)
Protagonista de “O Agente Secreto”, que estreou em Cannes no domingo, 18, Wagner Moura comentou sobre o viés político da produção nacional. Durante a coletiva de imprensa ocorrida nesta segunda-feira, 19, o artista baiano relembrou outras criações cinematográficas ambientadas na mesma temática.
“Eu dirigi um filme sobre a ditadura militar, sobre uma pessoa que lutou contra a ditadura, que queria derrubar o regime”, iniciou o ator, criando “Marighella”, de 2021. Dirigido por Moura, o longa-metragem acompanha a trajetória de Carlos Marighella (1911-1969), comandante de um grupo de guerrilheiros que luta contra a ditadura militar brasileira.
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“É muito triste que em momentos distópicos você, ao se manter fiel aos valores de dignidade e caráter, seja considerado um perigo. Quando os valores que vêm de cima são tortos e onde a maioria das pessoas comunga com esses valores, é muito difícil e é muito corajoso você simplesmente ser quem você é”, argumentou.
Assim como “Marighella”, “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, narra a saga de um professor que, ao ser perseguido por forças político-econômicas, tenta fugir do Brasil durante a ditadura militar.
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“Então, o sentido de coletividade talvez seja o mais bonito, não só em momentos distópicos, mas em momentos bons também. É uma pena que a gente esteja precisando de coletividade em momentos de autoritarismo”, finalizou Wagner Moura.
Com informações de Arthur Gadelha
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