Cannes: 'O Agente Secreto' vence o prêmio de Melhor Direção
Longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, "O Agente Secreto" foi o escolhido pelo júri na categoria de Melhor Direção no 78º Festival de Cannes
O filme brasileiro “O Agente Secreto” conquista na tarde deste sábado, 24, a categoria Melhor Direção, seu segundo prêmio na competição principal do 78º Festival de Cannes. Minutos antes, o protagonista Wagner Moura foi premiado como Melhor Ator.
"Estava bebendo champanhe pelo prêmio de Wagner Moura", declarou Mendonça Filho, um pouco surpreso por ser chamado novamente ao palco, após ter recebido o prêmio em nome do ator, que não compareceu à cerimônia.
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"Meu país, o Brasil, é um país cheio de beleza e poesia. Estou muito orgulhoso de estar aqui esta noite. Penso que Cannes é simplesmente a catedral do cinema neste planeta", acrescentou o cineasta, que misturou português, francês e inglês no discurso.
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'O Agente Secreto' ganha dois prêmios da crítica em Cannes
Em tarde marcada por premiações na cidade sa, “O Agente Secreto”, recebeu dois prêmios nas votações paralelas à Palma de Ouro.
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O longa-metragem estrelado por Wagner Moura recebeu o Prêmio da Crítica internacional (Fipresci), no qual foi escolhido por júri composto por jornalistas de mais de 50 países. “O Agente Secreto” ganhou ainda o “Art et Essai”, concedido pela AFCAE (Associação sa de “Cinema d'Art et d'Essai”).
“Acho isso muito significativo. Acho que é um filme que fala do ado, fala do presente, fala do futuro”, afirmou o diretor Kleber Mendonça Filho em comunicado à imprensa.
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Festival de Cannes: qual a história do filme 'O Agente Secreto'">Palma de Ouro no Festival de Cannes — feito que já havia conquistado com os aclamados “Aquarius” (2016) e “Bacurau” (2019).
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Enredo de “O Agente Secreto”: um retorno ao ado em tempos sombrios
A trama se a na abafada Recife de 1977, quando Marcelo (interpretado por Wagner Moura), um especialista em tecnologia assombrado por traumas do ado, retorna à sua cidade natal em busca de redenção.
Ao reencontrar o Brasil sob o regime da ditadura cívico-militar, ele se vê envolvido em uma rede de repressão, silêncio e dor. As feridas políticas do País se entrelaçam com suas próprias cicatrizes. Entre sombras e descobertas, nem mesmo a tecnologia parece capaz de apagar as marcas da história.
Com uma narrativa tensa e provocativa, “O Agente Secreto” discute temas como memória, opressão e o impacto duradouro da violência de Estado.
Colaborou Izabele Vasconcelos / Especial para O POVO
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